sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Os Artistas e a Gente Moleque



Segundo o dicionário, realidade significa existência efetiva, coisa real. E sonho pode ser desejo intenso e vivo, ilusão, fantasia, devaneio, utopia ou coisa vã e fútil. Acontece que na vida, os significados nem sempre estão tão separados. A magia do teatro está em recriar e misturar sonho e realidade. E o artista é aquele que sabe ler nas entrelinhas e que vive a vida brincando transformar sentidos, tocar a alma e reinventar a vida.
 O saltimbanco segundo o dicionário é o que exibe suas habilidades na via pública, nas feiras, em geral em uma estrada. E também é considerado um farsante. Um ser indigno de confiança. E a obra dos Saltimbancos, foi escrita por um dos maiores artistas do Brasil, Chico Buarque e quando escreveu, estava exilado, deportado, ou melhor, segundo o governo da época, foi convidado gentilmente a se retirar. E pelo motivo de querer a Cidade Ideal, o País ideal, onde poderíamos ter o direito e o dever de fazermos escolhas.
E para a Gente Moleque, Sonho e Realidade, podem ter exatamente o mesmo significado. Afinal, transformar os sonhos de uma criança em realidade e realidade em sonho, é o que se faz dentro desta escola, que sempre levou a arte como uma forma de educar. Onde do Berçário ao Jardim, os nossos moleques pintam, desenham, constroem, aprendem que do material reciclável também se faz arte, algo que sempre podemos enxergar nas Mostras de Artes. E coloca no currículo disciplinas como Teatro e Música. 
Aprendemos juntos, crianças, escolas e pais. Em cada sorriso, em cada oi, em cada tchau, em cada dificuldade encontrada. É isso que faz essa escola ser tão especial. E uma vez Gente Moleque sempre Gente Moleque, ou seja, sempre artistas do Teatro Mágico que é a vida.



Obs: Texto de abertura do Teatro 2012 da Escola de Educação Infantil Gente Moleque



quinta-feira, 10 de maio de 2012

Afinal, qual é o seu tesouro?


Esta tirinha de quadrinhos(para melhor visualizar, clique em cima) acima para mim retrata duas coisas: A primeira, a pureza da criança e a segunda, os verdadeiros valores. Em relação ao primeiro item, convivo e por vezes percebo o quanto é lindo a pureza das crianças. Elas falam e fazem coisas que todos os adultos deveriam cometer, pois, quando crescemos somos introduzidos, as questões dos rótulos e deixamos muitos acontecimentos não acontecerem por isso.
Arrisco em dizer, que muitos levam uma vidinha mais ou menos, por questões dos rótulos. Por vezes, até deixam isso de lado, mas precisam encontrar um “maluco” que lhes oferecem coragem, mas que para alguns esses “doidos” lhe constrangem. Digo isso, pois esses dias, fui ao um restaurante (lancheria) com algumas pessoas tentávamos chamar algum garçom. E para “quebrar” o gelo, sair da rotina, subi no banco para chamar a atenção, nesse momento, todos que estavam comigo na mesa, imploraram para que eu descesse, afinal, estavam com vergonha de mim.
Então meus caros irei fazer perguntas a vocês: 1- Porque as pessoas se preocupam tanto com status? 2- Porque estavam sentindo vergonha se quem realmente deveria estar era eu? (Afinal, diz o manual do educado que devemos ser comportados em restaurantes e lugares públicos) e a terceira e última pergunta, porque devo seguir regras de conduta que me fazem ser igual aos outros? Se me derem, um motivo, eu disse apenas um, juro que não farei mais. Confesso que aquela recriminação me deixou triste, mas tentei respeitar e entender que posso realmente ser um grande babaca e fiquei quieto.
Já em relação ao segundo item dos quadrinhos é o que me deixa mais triste ultimamente, os valores. Admito que muitas vezes fico pensando até que ponto escolhi a profissão correta. E não é chororô, o meu salário realmente é baixo, comparado com algumas profissões (não desmerecendo elas) que tem como nível educacional o ensino médio.
Entretanto, nesses dias e com certeza Deus ou forças do cotidiano (para quem não acredita em Deus) me demonstram que escolhi a profissão correta. E não é por causa de algo que envolve dinheiro e sim coisas simples como um abraço de uma criança, um “bom dia professor, tudo bem?” ou um “obrigado” de um aluno adulto, já me sinto muito realizado. Saber que cativei que consegui atingir não somente o conteúdo, mas o respeito, o carinho e a admiração fazem com que eu encontre meu tesouro.
Esses dias ao terminar uma aula do terceiro ano do ensino médio regular, onde durante a aula, além de praticarmos, também discutimos sobre esportes, culturas e outras coisas, ouvi de um aluno: “Bah Sor, a gente gosta das tuas aulas, do Sor Arnoldo e da Sora Vanessa, porque vocês fazem a gente pensar e não só tocam matéria”. Quando ouvi isso fiquei emocionado, afinal, fui comparado com dois profissionais que tenho admiração e que respeitam a Educação Física, do mesmo modo como as outras matérias que culturalmente são ditas como mais importantes, foi gratificante.
Alguns de vocês devem estar pensando que sou um tremendo de um idiota, pois, o meu tesouro são essas coisas. Mas aviso, se o seu tesouro é um carro importado, uma cobertura em algum prédio chique ou roupas de grife, te pergunto: As pessoas te valorizam pelo que você é ou pelo que você tem?
Eu graças a Deus é a primeira opção. 

Mùsica para ouvir: Pose-   Engenheiros do Hawaií

"Vamos velejar num mar de lama, se faltar o vento a gente inventa, vamos remar contra a corrente, desafinar o coro dos contentes"




quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ayrton Senna: O último herói da Geração Coca-Cola?


Bom, por mais que foi postado no dia 2 de maio, esse texto foi escrito no dia 1º de maio. Como todos devem saber o dia do trabalhador. Mas também há 18 anos falecia trabalhando Ayrton Senna, o melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos, segundo eleição da revista inglesa Autosport. Entretanto. considero, Nélson Piquet, tão bom quanto ele. Afinal, ambos disputaram juntos corridas fantásticas, junto com Alain Prost, Nigel Mansell, Niki Lauda e Gerhard Berger e ambos foram tricampeões. Mas o que diferenciava talvez o Senna do Piquet fosse à simpatia. Algo que o segundo citado fazia questão de não mostrar. E essa simpatia que fez de Ayrton ser considerado ídolo brasileiro.
Vamos relembrar que historicamente o nosso Brasil, passava por mudanças e crises. Então o povo enxergava no piloto, nada mais, nada menos que o símbolo de esperança. Então aos domingos ligavam suas TVs para assistir um brasileiro que tinha orgulho de sua terra. Que levantava e desfilava com a nossa bandeira. Ali com certeza enxergávamos que poderíamos chegar aonde queríamos e que não podíamos desistir. Mas com sua morte em 1994, Ayrton passou de herói para lenda. Mas o que me faz pensar que ele se tornou essa lenda, por ter falecido jovem e no auge de sua carreira.
Pois outros ídolos como Pelé e Guga, por exemplo, que ainda graças a Deus estão vivinhos da Silva, não são exaltados como símbolo. O Guga não aparece tanto na mídia, pois, o seu esporte hoje não tem mais um ídolo para o povo. Mas o Pelé, sempre está na mídia. Entretanto, sempre que ela fala uma besteira, não concorda com a opinião da maioria, que teve que ver em seu filho Edinho ser internado em clinica de reabilitação por ser usuário de drogas ou por fazer campanhas publicitárias ele praticamente é crucificado por jornalistas, comentaristas e por parte do povo. Não sei como será quando ele falecer, mas com certeza, não será como ele realmente merece.

Mas voltando ao nosso ídolo Ayrton Senna, talvez, o último ídolo da geração Coca-Cola. Geração essa que nos anos 80, amava o seu país. Que percebia a grandeza dele e fazia questão de mostrar ao mundo que nós brasileiros existíamos e que por mais que fosse um país de terceiro mundo (na época meus jovens, separavam o mundo dessa forma, preconceituosa onde como que quem não fosse de primeiro mundo era primitivo), podíamos conquistar o planeta inteiro. Mas creio que o maior legado que Ayrton deixou não foi o amor pelo automobilismo e sim à esperança de acreditar no Brasil e de ter orgulho de ser brasileiro.
Depois que ele faleceu, parece que muitos deixaram de acreditar no país e de ter esse orgulho. Dois anos antes de ele falecer, o povo foi para as ruas pedir o impeachment de um Presidente da República.  E depois disso, não apareceu alguém para mostrar esse amor. Ou melhor, apareceu sim, mas o Guga não conseguiu parece despertar isso novamente. Até fez abrir os olhos de algumas pessoas, mas como não era quase todos os domingos, isso foi enfraquecendo.
Claro que devemos lastimar a perda desse ídolo, dessa lenda do esporte brasileiro. Mas se pudesse voltar e dizer apenas um depoimento, ele diria: “Acreditem no nosso Brasil, tenham orgulho de serem brasileiros. Lutem e façam esse país crescer com o suor de vocês, sem deixar que ninguém faça mal para essa terra”.
Isso é apenas uma suposição, mas acredito cegamente e fielmente que ele faria isso. Vamos relembrar o quanto é bom ser brasileiro (e não só gaúcho, por favor), não vamos deixar que esse sentimento de fé e esperança que o Ayrton despertava em nós aos domingos fique também na Tamburello. Vamos voltar a ser da geração Coca-Cola, vamos lutar, vamos acreditar, pois, se continuarmos nessa geração Pepsi do “pode ser” esse pessoal que está terminando com o Brasil irá conseguir.

Frases de Ayrton Senna :
O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho!”

"Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar.”

 “Devemos respeitar e educar nossas crianças para que o futuro das nações e do planeta seja digno”.


Música para ouvir: Geração Coca-Cola

"vamos fazer nosso dever de casa, e aí então vocês vão ver suas crianças derrubando reis, fazer comédia no cinema com as suas leis"


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mudanças, Amigos e cia


Depois de um mês ausente do blog, escrevo novamente. A ausência não se deu por conta da preguiça ou mesmo por falta de inspiração (essa ás vezes apenas me faltava um pedaço de papel ou mesmo o celular para fazer algumas anotações). O único motivo foram os trabalhos. Como não nasci em berço de ouro (e mesmo que tivesse, com certeza trabalharia), tive que correr e ainda estou correndo atrás de alguns prejuízos que a vida nos oferece.
E com essa carga excessiva de trabalho (deixando bem claro que foi aceita por mim e que sabia dos malefícios que poderiam ocasionar) acabei ficando e ainda estou cansado, para não dizer exausto. Tenho certeza que todo esse esforço, não está sendo em vão, pois, não é apenas do dinheiro que estou correndo atrás e sim de um futuro profissional com bastante sucesso. Nesse mês que não compareci com um texto no blog, muitas coisas aconteceram: Me mudei para um local de melhor acesso aos meus locais de trabalho, percebi a importância de praticar o desapego, de manter excelentes contatos, de sempre acreditar no nosso sonho e principalmente no valor da amizade.
Como diria aquela frase da música Mar de gente, da banda O Rappa: “Navegar é preciso se não a rotina te cansa”. Estava há 3 anos e meio morando no mesmo local, onde por mais que fosse bom, não estava mais me deixando feliz. Então quando as coisas estão assim, o nosso navio, barco ou iate deve zarpar. E atualmente me sinto mais confortável com o que estava me deixando para baixo. E com pessoas que sempre considerei importante na minha vida, percebi o quanto devemos nos desapegar de coisas que parecem ter importância, mas não passam de peso para nós. E comecei a realmente dar valor para as coisas que realmente são válidas.
Em relação aos contatos (principalmente os excelentes, aqueles que querem e sabem o quanto isso é importante para seu profissional e pessoal) cheguei a entrar pela porta da frente e com os méritos do meu suor, na ESEF da UFRGS. Sei que ainda e falta muito para chegar aonde eu quero, mas ao falar para estudantes de Educação Física, sobre a minha experiência, notei o quanto já me dediquei, aprendi e ainda estou aprendendo com a minha profissão, o que fez com que Repensasse ainda mais sobre ela. E que ainda posso acreditar no meu sonho.
Mas talvez o mais importante foi perceber o valor da amizade e das pessoas que me tenho admiração. Ter a ajuda do Gustavo, da Kelin, do Tuli, do João Felipe, da Antônia, do Vitor, do Carlos, do Jean, da Ana Rita, do João Victor, da Ana Cláudia, da Dulce e meu irmão, mas também amigo Thales na mudança, foi algo que mesmo que eu viva dois mil anos, não conseguirei pagar essa ajuda. Sem contar às pessoas que se prontificaram em me ajudar como o Marcello, a Letícia, a Bibi, a Dani e a Karin.  
Já no casamento do Sandro, pude perceber que mesmo a vida, o trabalho, afastando certos amigos, a amizade é tão verdadeira que não importa o tempo que ficamos sem conversar, sempre teremos assuntos pertinentes e bobagens para conversar. Relembrar histórias, criar outras e ainda por cima se comprometer a criar outras realmente não tem preço. Aprendi muito nesse mês, tentei relatar a vocês tudo isso.
Mas o mais importante é lembrarmos sempre, mas sempre que quem tem amigos, nunca estará sozinho. Podemos por vezes nos sentir só, esquecidos e achando que os nossos amigos sumiram. Mas na pior e na melhor hora, eles irão aparecer e fazer algo que nos deixam sem palavras e fazer desses momentos inesquecíveis. E também lembrar o que fazemos para os nossos amigos? Você hoje entrou em contato com eles? Fez algo para fazê-los sorrir? Se sentirem importante? Já disse o quanto ama eles? Mandou uma mensagem? Deu sinal de fumaça? E não estou dizendo isso da boca para fora, aprendi (mesmo ainda às vezes esquecendo, mas sempre tentando lembrar) há 3 anos atrás, quando num final de semana, ao ver uma menina que alegrava a minha vida como professor e pessoa passar próximo a mim e não ir dar um “oi” e ao ver que um amigo que estava longe, on line, pensei 500 vezes em dar um” oi” e não fazer isso porque tinha a “certeza” que no próximo final de semana, poderia ver a menina e conversar com o amigo e que tudo estaria resolvido fez a minha vida mudar.
Pois, naquela semana vieram a falecer e nunca, mas nunca mais pude vê-los, dar aquele “oi” que havia pensando em dar, me fez não sentir apenas a dor da perda, mas também frustrado, pois, poderia ter deixado a saudade menor, doeu demais. Então, meu amigo ou amiga, que estiverem lendo isso até o fim, saiba que se ainda não dei as caras é pela falta de tempo, mas só não esqueça o quanto és importante pra mim, ok? Abraço, beijo, enfim, qualquer coisa que possa sentir por intermédio de toque, o quanto és importante pra mim. 

Música para ouvir: O Amanhã colorido- Pouca Vogal (Cidadão Quem)
 "Azul, vermelho, pelo espelho a vida vai passar e o tempo está no pensamento..."


sábado, 24 de março de 2012

Porto Alegre é tri demais!


Na capital, nasci e pude viver 12 anos morando por lá. É nela que moram as pessoas mais importantes da minha vida: Meus pais, irmãos, sobrinho, tias e alguns amigos especiais, entre eles um que considero irmão. É em Porto Alegre que meu time mora, que aprendi a ler e escrever, que conclui meu ensino médio, que me apresentou os prazeres das festas noturnas, o primeiro beijo... Enfim, foi nela que aprendi ser o que sou hoje. 



Quando estou entrando nesta cidade, é como diz Kleiton e Kledir em “Deu pra ti” “Quando eu ando assim meio down, vou pra Porto e báh tri legal, coisas de magia, sei lá....”. É bem assim, uma magia inexplicável. Tudo parece ser mais bonito e tranquilo. Conheço todos os defeitos dela, trânsito, violência, corrupção, diferenças sociais, crianças e adultos morando na rua, tráfico de drogas. Mas são problemas que toda cidade grande e pequena enfrentam.



Mas, todo porto-alegrense, que está longe dela, apenas enxerga suas qualidades, sente saudade da Redenção, do Marinha, do Parcão, do centro, do Mercado Público, do Beira-Rio, do Olímpico, da Cidade Baixa, dos Bares, enfim do ar e do jeito de Porto Alegre.
Tudo pra mim em Porto Alegre é diferente. A maneira como as pessoas entram no ônibus, as inúmeras tribos (rockeiros, pagodeiros, sambistas, regueiros, punks, playboys, funckeiros...), as torcidas, a forma como se trabalha e se tratam as pessoas, por lá, tudo é corrido e pouco se importam como está vestido, com quem está caminhando. 





Uma roda de chimarrão nos parques, com seus amigos, pode fazer você conhecer um novo grupo de amigos. O pôr do sol no Guaíba é uma das cenas mais lindas do mundo e se torna muito mais especial quando estamos com pessoas especiais. Em Novo Hamburgo, tenho meus amigos e meu trabalho, mas ainda e acho difícil ela me encantar, como Porto Alegre faz.
Então parabéns MINHA cidade maravilhosa pelos seus 240 anos, espero um dia poder voltar, e enquanto isso, vou te visitando sempre que posso.



Todas as imagens foram fotografadas por mim, no verão de 2010!

terça-feira, 20 de março de 2012

Vamos fazer um filme?

Atualmente no Planeta Terra, temos 7 bilhões de pessoas. E sempre me impressiono o quando vejo alguém sofrendo por amor. Se é que podemos chamar assim, ás vezes tenho a desconfiança que seja obsessão, mas talvez também seja um ponto de vista muito crítico.
Digo isso porque sempre acredito que gostar de alguém que não gosta de nós é literalmente perder tempo. Você já parou para pensar quantas pessoas existem no seu bairro? Ou mesmo na sua cidade, estado, país, continente... Como podemos dizer que aquele fulano ou fulana é o amor de nossas vidas?
É como diz a Martha Medeiros na crônica “Homem e mulher da sua vida” do livro “Trem Bala”
“O homem da sua vida pode estar em Macau, em Helsinque ou Fernando de Noronha” “A mulher da sua vida pode ser uma cabeleireira na Baixada Fluminense como pode ser a Michelle Pfeiffer”.
Então para que sofrer por uma pessoa? Nesse exato momento, quem está lendo deve estar imaginando... “Ah! Muito fácil falar, você não está apaixonado”. Realmente, não estou apaixonado, mas já fiquei inúmeras vezes, e me apaixono até com certa facilidade. E por isso já sofri muito por amor, muitas meninas “magoaram” meu coração. E depois de um certo tempo de vida aprendi que não adianta sofrer. Pois não adianta nada! Só nos faz ficarmos tristes e até nos afastarmos de pessoas que nos fazem bem.
E se estiver sofrendo pense um pouco nisso. Não estou dizendo que deves fazer, mas ao menos pensar. Não sou o dono da verdade e com certeza nunca serei, mas o que desejo é que reflita um pouco. Será que vale realmente sofrer por essa pessoa que com certeza não gosta de você? Será que não está na hora de abrir espaço na sua vida, para alguém bem diferente dessa que te faz sofrer?
É como diz o Renato Russo ao introduzir a música Vento no litoral, no disco Como se diz eu te amo, volume 2, “Eu cheguei a conclusão de que se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento”. E acredito que ele tem razão. Então meus caros, será que isso é realmente amor? Pô! Com tanta gente nesse Planetinha, estão preocupados com uma pessoa? Coloque uma roupa bacana, um sorriso no rosto e abra novamente o seu coração. Afinal, sem amor nada somos!

Música para ouvir:
Monte Castelo- Legião Urbana

"O amor é o fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente é dor que desatina sem doer"

 

segunda-feira, 12 de março de 2012

De repente 30

Não aconteceu de uma hora para a outra como o filme do titulo deste texto. Ocorreu normalmente passaram-se os dias e completei três décadas de vida. Dizem que nessa época deixamos acertada a nossa vida, para o futuro, e é conhecido como o Retorno de Saturno e assim se inicia uma nova fase da vida.
Entretanto o que quero dizer nesse texto é que aquele velho ditado “O tempo passa...” é realmente verdadeiro. Num “dia” estamos com 10, apenas preocupado em brincar e estudar  e no outro “dia” estamos com 30, preocupado em trabalhar e com o presente e o futuro.
E enquanto estava na festa de meu aniversário, vi muitos  amigos que amo demais ali próximos a mim, então naquele momento sorri, agradeci a Deus e fiz um pedido muito louco ele, que alongasse meus braços para que pudesse abraçar todos ao mesmo tempo e dizê-los o quanto estava feliz por estarem ali.
Após, pedi a ele se possível “teletransportasse” todos que não puderam estar ali para também fazer o mesmo com o que estavam presentes.  E como isso era impossível, e como não sei  o que posso esperar do amanhã , busquei a resposta no meu coração e prometi a mim, algo que deveria ser normal, mas que infelizmente as vezes com a pressa do dia esquecemos “Dar mais amor e respeito” a todos que estão a minha volta.
Mas porque nos esquecemos de fazer isso? Porque deixamos o tempo nos dominar? Porque nos esquecemos de dizer aos nossos amigos e familiares o quanto eles são importantes para nós? E nesses anos de vida vi muitos amigos, familiares e pessoas queridas deixarem de viver presencialmente entre nós. Para algumas até consegui dizer o quanto elas foram importantes para mim, mas infelizmente para outras não.
E assim ao repensar na minha vida, creio que um dos meus tantos erros, foi este, de ficar quieto para algumas pessoas. Patch Adams sempre disse que o amor é contagioso e que devemos compartilhar isso. E vou fazer com que os próximos 30 anos sejam de mais amor e aprendizado.

Música para ouvir:
O Retorno de Saturno- Detonautas 

"Busco uma resposta que acalme o meu coração, o amanhã não sei o que posso esperar. Você não sai do meu pensamento e eu me questiono aqui se isso é normal, Você não sai do meu pensamento e eu me pergunto aqui se o natural, vai dizer que o amor chegou no final, não precisa ser de novo assim tudo igual"


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Vida tranquila x Vida agitada

A ideia de assunto do texto partiu do meu amigo Thiago Donschat (também ex-aluno), espero que ele goste. 
Para solteiros uma vida agitada pode ser fazer festa de quinta a sábado, trabalhar durante o dia, estudar durante a noite, estar sempre com dezenas de amigos e ter poucas horas de sono devido à quantidade de festas e “amores”.
Para os casados uma vida agitada pode ser trabalhar durante o dia, cuidar da casa, dos filhos, dos namorados, cuidar de mais trabalhos, no final de semana, ir ao supermercado, shopping e festas de crianças.
Já uma vida tranqüila para os solteiros pode ser trabalhar durante o dia, estudar pela noite, assistir TV sentado com a família, usar o final de semana para estudar, descansar, ir para a praia com a família e jogar vídeo game.
Para os casados uma vida tranqüila pode ser trabalhar durante o dia, durante a noite, cuidar dos filhos, pais, casa, do companheiro, assistir novelas, dormir cedo  e nos  finais de semana visitar os familiares para aquele grandioso almoço.
Cada um sabe o que é bom para si, não estou querendo comparar qual é o melhor tipo de vida. E seja qual for a vida que estamos levando temos sempre que guardar, reservar um tempo para cuidar de nós mesmos. E quando falo em cuidar não é da parte externa (cabelos, barba, maquiagem, roupas e acessórios) e sim da parte interna:  Alimentação, saúde, corpo e da alma.
Quanto tempo dedicamos para pensar em Deus (para quem acredita nele) e quanto tempo você para pensar nos outros (se você não acredita Nele). E acreditar em Deus, para mim é acreditar também nas pessoas que estão a minha volta. E não apenas nas pessoas, mas também em mim mesmo.
Acreditar que cada dificuldade pode ser enfrentada, acreditar que o amor existe (e não estou falando apenas do casal, seja ele hetero ou homo) , acreditar que podemos mudar o mundo, e quanto mais acreditarmos, mais termos fé, esperança, seja qual for o sinônimo, para que a violência seja afastada.
Então seja qual for a vida que você leva, agitada ou tranqüila, acredite, que podemos mudar o mundo. É fácil, basta só amar o próximo, seja ele negro branco, amarelo ou vermelho. Hetero, homo, bi ou multissexual. Rico, pobre, milionário ou miserável. Cristão, evangélico, judeu, muçulmano ou budista. Gremista, colorado, palmeirense ou flamenguista.
E que o “X” dos versus permaneça apenas no esporte e não para comparação



Música para ouvir: War Bob Marley
 
"That until there are no longer first class

and second class citizens af any nation
Until the color of a man's skin
is of no more significance than the color of his eyes
Me say war.




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

La vita è bella


Esses dias olhei pela décima vez o filme “Se beber não case”. E dessa vez analisei e notei que as melhores festas que participei também dariam um bom roteiro de filme. Entretanto, quero deixar claro que nenhuma chegou a ¼ do que estes personagens realizaram, posso até dizer que sou um bom moço perto deles (essa nem eu acreditei). E com certeza vocês devem estar pensando o mesmo nesse momento.
 Mas, cada festa seria um filme e passariam por inúmeros gêneros. Elas podem começar sendo um filme de comédia, na metade do filme poderia ser um filme de romance e no final poderia terminar sendo um filme de ação. Ou iniciaria sendo um bom filme de comédia romântica, na metade se transformaria num suspense e acabaria sendo um filme de terror. E outras poderiam até mesmo ser de ficção científica ou mesmo um drama.
Mas vamos mais deixar isso mais profundo, vamos analisar também que nossas vidas também dariam um excelente filme. E agora vamos colocá-la no papel (ou no Word se preferir). Qual artista você escalaria para lhe interpretar? Em que parte você iniciaria o filme? E em que parte você colocaria o famoso “The End”? E que tipo de gênero escolheria, lembrem-se que um filme pode até ter uma pitada de outros gêneros, mas nunca misturaria inúmeros gêneros, pois, seria uma bagunça imensa,.
Eu escolheria para me interpretar o Will Smith (preciso de um mulato bonito e famoso para chamar a atenção). Iniciaria meu filme já na fase adulta, pois, acho minha infância e adolescência não tem nada de interessante pra contar. O problema seria ainda como fazer essa introdução, mas ao menos a fase já está escolhida. E encerraria talvez hoje, assim escrevendo esse texto. E lógico que faria da minha vida uma comédia, pois, acho que teria mais a minha cara.
E escolheria para serem meus pares românticos (sim, já tive amores e quase isso na minha vida) a Angelina Jolie, a Scarlet Johansson, e entre outras mulheres que acho que além de lindas, sexys . Calma amigos é lógico que nunca fiquei com uma mulher desse tipo, mas lembrem-se eu seria o Will Smith, isso é um filme e lógico que faria uma releitura da obra. Se não seria quase certo um fracasso de bilheteria (Se bem do jeito que andam cuidando da minha vida, talvez até venderia).
Mas o que deixaria de deixar bem claro é que vocês pensassem um pouco na vida que estão levando. Até que ponto sua vida está como a do Richard Gere em “Dança comigo”, onde levava uma vida de casa pro trabalho e vice-versa, até que decidiu fazer escondidas aulas de dança? Até que ponto anda a sua vida, antes que ela se transforme em “Um estranho no ninho” ou mesmo irá ficar no “Em busca da Terra do Nunca”?  .  Claro que não precisamos transformar nossas vidas num “American Pie” para ser divertido, mas nunca, podemos deixar com que nossas vidas sejam um eterno drama. Pois, esse tipo de filme, assistimos apenas uma vez, para não sofrer novamente. Entretanto, podemos fazer com que  nossas vidas se transformem como aquele lindo do Roberto Benigni que mistura comédia, drama e romance. Afinal, a vida pode, é e deve ser bela. 

Música para ouvir: Linha Vermelha- O Rappa
 Tem que recomeçar, tem que construir, tem que avaliar e ter hora para agir ( o tempo todo tem que agir). Vou me benzer, vou orar, vou agradecer (sempre agradecer) vou me rezar.