Depois de um mês ausente do
blog, escrevo novamente. A ausência não se deu por conta da preguiça ou mesmo por
falta de inspiração (essa ás vezes apenas me faltava um pedaço de papel ou
mesmo o celular para fazer algumas anotações). O único motivo foram os
trabalhos. Como não nasci em berço de ouro (e mesmo que tivesse, com certeza
trabalharia), tive que correr e ainda estou correndo atrás de alguns prejuízos
que a vida nos oferece.
E com essa carga excessiva
de trabalho (deixando bem claro que foi aceita por mim e que sabia dos malefícios
que poderiam ocasionar) acabei ficando e ainda estou cansado, para não dizer
exausto. Tenho certeza que todo esse esforço, não está sendo em vão, pois, não
é apenas do dinheiro que estou correndo atrás e sim de um futuro profissional
com bastante sucesso. Nesse mês que não compareci com um texto no blog, muitas
coisas aconteceram: Me mudei para um local de melhor acesso aos meus locais de
trabalho, percebi a importância de praticar o desapego, de manter excelentes
contatos, de sempre acreditar no nosso sonho e principalmente no valor da
amizade.
Como diria aquela frase da
música Mar de gente, da banda O Rappa: “Navegar é preciso se não a rotina te
cansa”. Estava há 3 anos e meio morando no mesmo local, onde por mais que fosse
bom, não estava mais me deixando feliz. Então quando as coisas estão assim, o
nosso navio, barco ou iate deve zarpar. E atualmente me sinto mais confortável
com o que estava me deixando para baixo. E com pessoas que sempre considerei
importante na minha vida, percebi o quanto devemos nos desapegar de coisas que parecem
ter importância, mas não passam de peso para nós. E comecei a realmente dar
valor para as coisas que realmente são válidas.
Em relação aos contatos
(principalmente os excelentes, aqueles que querem e sabem o quanto isso é
importante para seu profissional e pessoal) cheguei a entrar pela porta da
frente e com os méritos do meu suor, na ESEF da UFRGS. Sei que ainda e falta
muito para chegar aonde eu quero, mas ao falar para estudantes de Educação
Física, sobre a minha experiência, notei o quanto já me dediquei, aprendi e
ainda estou aprendendo com a minha profissão, o que fez com que Repensasse ainda
mais sobre ela. E que ainda posso acreditar no meu sonho.
Mas talvez o mais importante
foi perceber o valor da amizade e das pessoas que me tenho admiração. Ter a
ajuda do Gustavo, da Kelin, do Tuli, do João Felipe, da Antônia, do Vitor, do
Carlos, do Jean, da Ana Rita, do João Victor, da Ana Cláudia, da Dulce e meu
irmão, mas também amigo Thales na mudança, foi algo que mesmo que eu viva dois
mil anos, não conseguirei pagar essa ajuda. Sem contar às pessoas que se
prontificaram em me ajudar como o Marcello, a Letícia, a Bibi, a Dani e a
Karin.
Já no casamento do Sandro,
pude perceber que mesmo a vida, o trabalho, afastando certos amigos, a amizade
é tão verdadeira que não importa o tempo que ficamos sem conversar, sempre
teremos assuntos pertinentes e bobagens para conversar. Relembrar histórias,
criar outras e ainda por cima se comprometer a criar outras realmente não tem
preço. Aprendi muito nesse mês, tentei relatar a vocês tudo isso.
Mas o mais importante é
lembrarmos sempre, mas sempre que quem tem amigos, nunca estará sozinho.
Podemos por vezes nos sentir só, esquecidos e achando que os nossos amigos
sumiram. Mas na pior e na melhor hora, eles irão aparecer e fazer algo que nos
deixam sem palavras e fazer desses momentos inesquecíveis. E também lembrar o
que fazemos para os nossos amigos? Você hoje entrou em contato com eles? Fez
algo para fazê-los sorrir? Se sentirem importante? Já disse o quanto ama eles?
Mandou uma mensagem? Deu sinal de fumaça? E não estou dizendo isso da boca para
fora, aprendi (mesmo ainda às vezes esquecendo, mas sempre tentando lembrar) há
3 anos atrás, quando num final de semana, ao ver uma menina que alegrava a minha
vida como professor e pessoa passar próximo a mim e não ir dar um “oi” e ao ver
que um amigo que estava longe, on line, pensei 500 vezes em dar um” oi” e não
fazer isso porque tinha a “certeza” que no próximo final de semana, poderia ver
a menina e conversar com o amigo e que tudo estaria resolvido fez a minha vida
mudar.
Pois, naquela semana vieram
a falecer e nunca, mas nunca mais pude vê-los, dar aquele “oi” que havia pensando
em dar, me fez não sentir apenas a dor da perda, mas também frustrado, pois, poderia
ter deixado a saudade menor, doeu demais. Então, meu amigo ou amiga, que
estiverem lendo isso até o fim, saiba que se ainda não dei as caras é pela
falta de tempo, mas só não esqueça o quanto és importante pra mim, ok? Abraço,
beijo, enfim, qualquer coisa que possa sentir por intermédio de toque, o quanto
és importante pra mim.
Música para ouvir: O Amanhã colorido- Pouca Vogal (Cidadão Quem)
"Azul, vermelho, pelo espelho a vida vai passar e o tempo está no pensamento..."