quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mudanças, Amigos e cia


Depois de um mês ausente do blog, escrevo novamente. A ausência não se deu por conta da preguiça ou mesmo por falta de inspiração (essa ás vezes apenas me faltava um pedaço de papel ou mesmo o celular para fazer algumas anotações). O único motivo foram os trabalhos. Como não nasci em berço de ouro (e mesmo que tivesse, com certeza trabalharia), tive que correr e ainda estou correndo atrás de alguns prejuízos que a vida nos oferece.
E com essa carga excessiva de trabalho (deixando bem claro que foi aceita por mim e que sabia dos malefícios que poderiam ocasionar) acabei ficando e ainda estou cansado, para não dizer exausto. Tenho certeza que todo esse esforço, não está sendo em vão, pois, não é apenas do dinheiro que estou correndo atrás e sim de um futuro profissional com bastante sucesso. Nesse mês que não compareci com um texto no blog, muitas coisas aconteceram: Me mudei para um local de melhor acesso aos meus locais de trabalho, percebi a importância de praticar o desapego, de manter excelentes contatos, de sempre acreditar no nosso sonho e principalmente no valor da amizade.
Como diria aquela frase da música Mar de gente, da banda O Rappa: “Navegar é preciso se não a rotina te cansa”. Estava há 3 anos e meio morando no mesmo local, onde por mais que fosse bom, não estava mais me deixando feliz. Então quando as coisas estão assim, o nosso navio, barco ou iate deve zarpar. E atualmente me sinto mais confortável com o que estava me deixando para baixo. E com pessoas que sempre considerei importante na minha vida, percebi o quanto devemos nos desapegar de coisas que parecem ter importância, mas não passam de peso para nós. E comecei a realmente dar valor para as coisas que realmente são válidas.
Em relação aos contatos (principalmente os excelentes, aqueles que querem e sabem o quanto isso é importante para seu profissional e pessoal) cheguei a entrar pela porta da frente e com os méritos do meu suor, na ESEF da UFRGS. Sei que ainda e falta muito para chegar aonde eu quero, mas ao falar para estudantes de Educação Física, sobre a minha experiência, notei o quanto já me dediquei, aprendi e ainda estou aprendendo com a minha profissão, o que fez com que Repensasse ainda mais sobre ela. E que ainda posso acreditar no meu sonho.
Mas talvez o mais importante foi perceber o valor da amizade e das pessoas que me tenho admiração. Ter a ajuda do Gustavo, da Kelin, do Tuli, do João Felipe, da Antônia, do Vitor, do Carlos, do Jean, da Ana Rita, do João Victor, da Ana Cláudia, da Dulce e meu irmão, mas também amigo Thales na mudança, foi algo que mesmo que eu viva dois mil anos, não conseguirei pagar essa ajuda. Sem contar às pessoas que se prontificaram em me ajudar como o Marcello, a Letícia, a Bibi, a Dani e a Karin.  
Já no casamento do Sandro, pude perceber que mesmo a vida, o trabalho, afastando certos amigos, a amizade é tão verdadeira que não importa o tempo que ficamos sem conversar, sempre teremos assuntos pertinentes e bobagens para conversar. Relembrar histórias, criar outras e ainda por cima se comprometer a criar outras realmente não tem preço. Aprendi muito nesse mês, tentei relatar a vocês tudo isso.
Mas o mais importante é lembrarmos sempre, mas sempre que quem tem amigos, nunca estará sozinho. Podemos por vezes nos sentir só, esquecidos e achando que os nossos amigos sumiram. Mas na pior e na melhor hora, eles irão aparecer e fazer algo que nos deixam sem palavras e fazer desses momentos inesquecíveis. E também lembrar o que fazemos para os nossos amigos? Você hoje entrou em contato com eles? Fez algo para fazê-los sorrir? Se sentirem importante? Já disse o quanto ama eles? Mandou uma mensagem? Deu sinal de fumaça? E não estou dizendo isso da boca para fora, aprendi (mesmo ainda às vezes esquecendo, mas sempre tentando lembrar) há 3 anos atrás, quando num final de semana, ao ver uma menina que alegrava a minha vida como professor e pessoa passar próximo a mim e não ir dar um “oi” e ao ver que um amigo que estava longe, on line, pensei 500 vezes em dar um” oi” e não fazer isso porque tinha a “certeza” que no próximo final de semana, poderia ver a menina e conversar com o amigo e que tudo estaria resolvido fez a minha vida mudar.
Pois, naquela semana vieram a falecer e nunca, mas nunca mais pude vê-los, dar aquele “oi” que havia pensando em dar, me fez não sentir apenas a dor da perda, mas também frustrado, pois, poderia ter deixado a saudade menor, doeu demais. Então, meu amigo ou amiga, que estiverem lendo isso até o fim, saiba que se ainda não dei as caras é pela falta de tempo, mas só não esqueça o quanto és importante pra mim, ok? Abraço, beijo, enfim, qualquer coisa que possa sentir por intermédio de toque, o quanto és importante pra mim. 

Música para ouvir: O Amanhã colorido- Pouca Vogal (Cidadão Quem)
 "Azul, vermelho, pelo espelho a vida vai passar e o tempo está no pensamento..."