terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Vida tranquila x Vida agitada

A ideia de assunto do texto partiu do meu amigo Thiago Donschat (também ex-aluno), espero que ele goste. 
Para solteiros uma vida agitada pode ser fazer festa de quinta a sábado, trabalhar durante o dia, estudar durante a noite, estar sempre com dezenas de amigos e ter poucas horas de sono devido à quantidade de festas e “amores”.
Para os casados uma vida agitada pode ser trabalhar durante o dia, cuidar da casa, dos filhos, dos namorados, cuidar de mais trabalhos, no final de semana, ir ao supermercado, shopping e festas de crianças.
Já uma vida tranqüila para os solteiros pode ser trabalhar durante o dia, estudar pela noite, assistir TV sentado com a família, usar o final de semana para estudar, descansar, ir para a praia com a família e jogar vídeo game.
Para os casados uma vida tranqüila pode ser trabalhar durante o dia, durante a noite, cuidar dos filhos, pais, casa, do companheiro, assistir novelas, dormir cedo  e nos  finais de semana visitar os familiares para aquele grandioso almoço.
Cada um sabe o que é bom para si, não estou querendo comparar qual é o melhor tipo de vida. E seja qual for a vida que estamos levando temos sempre que guardar, reservar um tempo para cuidar de nós mesmos. E quando falo em cuidar não é da parte externa (cabelos, barba, maquiagem, roupas e acessórios) e sim da parte interna:  Alimentação, saúde, corpo e da alma.
Quanto tempo dedicamos para pensar em Deus (para quem acredita nele) e quanto tempo você para pensar nos outros (se você não acredita Nele). E acreditar em Deus, para mim é acreditar também nas pessoas que estão a minha volta. E não apenas nas pessoas, mas também em mim mesmo.
Acreditar que cada dificuldade pode ser enfrentada, acreditar que o amor existe (e não estou falando apenas do casal, seja ele hetero ou homo) , acreditar que podemos mudar o mundo, e quanto mais acreditarmos, mais termos fé, esperança, seja qual for o sinônimo, para que a violência seja afastada.
Então seja qual for a vida que você leva, agitada ou tranqüila, acredite, que podemos mudar o mundo. É fácil, basta só amar o próximo, seja ele negro branco, amarelo ou vermelho. Hetero, homo, bi ou multissexual. Rico, pobre, milionário ou miserável. Cristão, evangélico, judeu, muçulmano ou budista. Gremista, colorado, palmeirense ou flamenguista.
E que o “X” dos versus permaneça apenas no esporte e não para comparação



Música para ouvir: War Bob Marley
 
"That until there are no longer first class

and second class citizens af any nation
Until the color of a man's skin
is of no more significance than the color of his eyes
Me say war.




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

La vita è bella


Esses dias olhei pela décima vez o filme “Se beber não case”. E dessa vez analisei e notei que as melhores festas que participei também dariam um bom roteiro de filme. Entretanto, quero deixar claro que nenhuma chegou a ¼ do que estes personagens realizaram, posso até dizer que sou um bom moço perto deles (essa nem eu acreditei). E com certeza vocês devem estar pensando o mesmo nesse momento.
 Mas, cada festa seria um filme e passariam por inúmeros gêneros. Elas podem começar sendo um filme de comédia, na metade do filme poderia ser um filme de romance e no final poderia terminar sendo um filme de ação. Ou iniciaria sendo um bom filme de comédia romântica, na metade se transformaria num suspense e acabaria sendo um filme de terror. E outras poderiam até mesmo ser de ficção científica ou mesmo um drama.
Mas vamos mais deixar isso mais profundo, vamos analisar também que nossas vidas também dariam um excelente filme. E agora vamos colocá-la no papel (ou no Word se preferir). Qual artista você escalaria para lhe interpretar? Em que parte você iniciaria o filme? E em que parte você colocaria o famoso “The End”? E que tipo de gênero escolheria, lembrem-se que um filme pode até ter uma pitada de outros gêneros, mas nunca misturaria inúmeros gêneros, pois, seria uma bagunça imensa,.
Eu escolheria para me interpretar o Will Smith (preciso de um mulato bonito e famoso para chamar a atenção). Iniciaria meu filme já na fase adulta, pois, acho minha infância e adolescência não tem nada de interessante pra contar. O problema seria ainda como fazer essa introdução, mas ao menos a fase já está escolhida. E encerraria talvez hoje, assim escrevendo esse texto. E lógico que faria da minha vida uma comédia, pois, acho que teria mais a minha cara.
E escolheria para serem meus pares românticos (sim, já tive amores e quase isso na minha vida) a Angelina Jolie, a Scarlet Johansson, e entre outras mulheres que acho que além de lindas, sexys . Calma amigos é lógico que nunca fiquei com uma mulher desse tipo, mas lembrem-se eu seria o Will Smith, isso é um filme e lógico que faria uma releitura da obra. Se não seria quase certo um fracasso de bilheteria (Se bem do jeito que andam cuidando da minha vida, talvez até venderia).
Mas o que deixaria de deixar bem claro é que vocês pensassem um pouco na vida que estão levando. Até que ponto sua vida está como a do Richard Gere em “Dança comigo”, onde levava uma vida de casa pro trabalho e vice-versa, até que decidiu fazer escondidas aulas de dança? Até que ponto anda a sua vida, antes que ela se transforme em “Um estranho no ninho” ou mesmo irá ficar no “Em busca da Terra do Nunca”?  .  Claro que não precisamos transformar nossas vidas num “American Pie” para ser divertido, mas nunca, podemos deixar com que nossas vidas sejam um eterno drama. Pois, esse tipo de filme, assistimos apenas uma vez, para não sofrer novamente. Entretanto, podemos fazer com que  nossas vidas se transformem como aquele lindo do Roberto Benigni que mistura comédia, drama e romance. Afinal, a vida pode, é e deve ser bela. 

Música para ouvir: Linha Vermelha- O Rappa
 Tem que recomeçar, tem que construir, tem que avaliar e ter hora para agir ( o tempo todo tem que agir). Vou me benzer, vou orar, vou agradecer (sempre agradecer) vou me rezar.





terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Jogue ao vento

“Por que tantas vezes preferimos pessoas que nos desiludem àquela que somente nos oferece uma ilusão?”
Esse questionamento é do narrador para seu companheiro de viagem, o adolescente do asteróide B-612, da obra “ O retorno do Jovem Príncipe”.
E putz que perguntinha difícil de responder não é? Confesso que ainda não consigo entender o motivo. E pensando nisso, surgiram mais questões. As primeiras são: A pessoa que nos desiludiu, fez isso sozinha? Ou ajudamos ela a nos enganar?
Vou começar falando de “amores imperfeitos”. O fulano deu um pontapé na bunda da fulana (dramalhão mexicano quando acontece conosco, né?). Será que só o fulano tem culpa nessa história?  Quem sabe a fulana não decepcionou ele ou os sonhos dele não caminhavam com ela?
No caso de paixões platônicas (nossa, eu já tive, tenho e terei muitas), até que parte esse “romance” é a fulana que está destruindo?  Ou o fulano que está “derretido” por ela, acha que pode almejar uma história de amor que ela nunca pensou ter?
E nesses dois casos ficamos “cegos”, pois, ficamos fascinados por alguém que tem um sonho diferente do nosso. Sonhos devem ser sempre individuais, pois, nesses casos citados dependem de outra pessoa e 50% não é sonho completo. E quantas vezes estamos também não estamos destruindo o sonho de alguém por acreditar fielmente e cegamente que somente a nossa verdade é a correta?
Sonhos individuais devem sempre ser encorajados. “Você pode entrar na faculdade”; “Você pode comprar o carro/casa”; “Você consegue ser reconhecido na sua profissão”. Entre outros tantos exemplos que dependem apenas de dedicação pessoal.
Já os outros sonhos que dependem de outras pessoas, como: “Você vai casar com o fulano”; “Você vai conseguir o emprego”; “Você vai conquistar a fulana”. Estes devem sim também serem incentivados, mas, deixando o aconselhado ciente que não depende apenas dele e que o não também significa que a “culpa” não é somente de quem o diz ou da situação. “Você está colocando o problema para fora de você e culpando outra pessoa pela situação, o que é uma ótima maneira de não resolver o assunto’ (Roemmers).
A pessoa que nos oferece a ilusão está somente querendo completar (ou ao menos está tentando fazer algo de bom). A que nos desiludiu prefere outro sonho. E de que lado iremos ficar? Usando uma metáfora nojenta (e para alguns muito nojenta), mas que acho muito engraçada e verdadeira “Amar sem ser amado é como limpar o cu sem ter cagado”. Até que ponto vamos desperdiçar papel e tempo? Ah e se perdermos tempo limpando, só não devemos esquecer de lavar bem as mãos para poder apertar a mão de outra pessoa.


Música para ouvir- O Vento Los Hermanos
Como pode alguém sonhar o que é impossível saber? Não te dizer o que penso já é pensar em dizer. Isso eu vi o vento leva, não sei mais sinto que é como sonhar, que o esforço pra lembrar é vontade de esquecer"

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Histórias para contar I

A memória é uma coisa muito interessante. Eu sou um cara que quase sempre deixa a memória falhar. E algumas vezes acabo em situações constrangedoras, do tipo, não lembrar o nome, não lembrar o que falei ou até mesmo do que fiz. E por vezes me sinto um cara estranho. Mas, lembro-me daquele ditado “errar é humano”. E se erra demais é ser mais humano? Creio que sim. Afinal, quando percebo que algumas pessoas que admro demais comentem falhas e estas são aquelas que também cometeria acho muito engraçado.
Ontem uma amiga conseguiu quase me matar do coração ao “perder” algo de valor material e sentimental. Chorava, e eu tentando de maneira ridícula consolar, porque nessas horas o melhor a fazer é ficar quieto, mas o inconsciente manda abrir a boca e quando isso acontece vem aquelas frases clichês que não servem pra nada. Apenas pra consolar quem está falando “Sim! Está fazendo sua parte, continue assim!”.
Depois de alertar o mundo se descobre que o “perdido” não é perdido. Estava ali o tempo todo. E a preocupação passa e o momento da risada aparece. Mas, confesso que estava rindo não apenas da cara dela, mas da minha também, pois, teria feito o mesmo. E  lembrei o quanto é bom cuidarmos de nossas coisas.
E não digo apenas da material, estou falando também cuidarmos de nós e dos outros. Naquele momento de terror e pânico, estava ciente que iria continuar ali até o último momento, que iria fazer de tudo para ajudá-la e se sentir melhor.  Amigos são feitos assim, alguns minutos antes estávamos nos divertindo e pra se divertir, vamos falar a verdade, nem sempre precisa ser amigo, conhecido já basta. Mas naqueles momentos ruins é que os amigos aparecem. E não era apenas eu, eram outros que também faziam a sua parte.
Acho que esse caso serve como lição para várias coisas, mas principalmente quando se fala de respeito. 

Música para ouvir: Porque a gente é assim? - Barão Vermelho